Nunca é tarde para dotar a família de mais vida e amor – 17ºEnapa
Nelson Joséde Castro Peixoto
Gestor Social das Aldeias Infantis SOS Brasil, em Brasília -Filósofo e Conselheiro de Direitos da Infância
Adital
"Povoam ideias,inquietações e propostas, pensamentos para encontrar o óbvio e o inusitado emtermos de cuidado e de compromisso na luta política pelo direito à convivênciafamiliar das crianças”, às vésperas do 17º EncontroNacional de Nacional de Apoio à Adoção.
POR QUE NÃO UMA FAMÍLIA COMO PRESENTEÀQUELES QUE O ESTADO INVISIBILIZOU, A SOCIEDADE ESQUECEU E MUITAS FAMÍLIAS NÃOCONSIDERARAM COMO POSSIBILIDADE SEREM FILHOS E FILHAS?
Aldeias Infantis SOS Brasil, uma longahistória para subverter a lógica assistencial do paradigma do senhorio paternoe da caridade aos pobres. Esses quase "sem famílias”, destronadospelo Estado para viver na miséria e aos poucos perder a família. Onde permanecemesses "filhos”? Quem os empurra para a rua? Quais fatores osdesgastaram e fizeram sem esperança até aqueles que estão comprometidos comsuas vidas?
Vamos ao resgate ético, vasculhar osescombros de um Estado negligente e perverso. Passar pelas sombras dointernamento institucional ir até a porteira da emancipação cidadã dascrianças, SUJEITOS DE DIRETOS, do Direito à Convivência Familiar e Comunitária,tão bem formuladas na Constituição Federal.
A ANGAAD (Associação Nacional dos Gruposde Apoio a Adoção) via Aconchego –grupo de apoio de Brasília– eoutros parceiros participam do 17º Encontro Nacional de Apoio à Adoção, quenesta semana do feriado cristão de Corpus Christi – do dia 7 a 9 de junho- acontece. UNIR PARA CUIDAR, mas podemos também afirmar essa IDEIA FORÇA:CUIDAR PARA ATENDER TODAS AS CRIANÇAS QUE ESTÃO SOBRANDO E AINDA SEM FAMÍLIA.Universo como inclusão de diferenças; abertura com chance de dar uma família aelas pela adoção. E são muitas nessa condição que adormecem e anoitecem nos serviçosde acolhimento e precisam de família.
Discutir para formalizar um pactonacional, para que as crianças estejam com seus pais de origem ou com seus paispela adoção daqueles que estacionaram em serviços de acolhimento. Mas,identificamos preconceitos até sobre aqueles que trabalham com essa população.Quem se expõe a amá-los e incluí-los ainda são discriminados por alguns que sereinventam com programas sociais, às vezes descredenciando ou se colocandoacima de todos. Supomos que estejam subconscientemente buscando projeção efinanciamento, enquanto há escassez de recursos destinados aos programas deacolhimento quer sejam, através de convênios ou de cogestão com o Estado.
Os participantes da 17ª ENAPA seencontrarão como batalhadores pelo direito a convivência familiar ecomunitária. Aqueles que se ocupam em garantir direitos em atuação direta nosserviços de acolhimento não devem se sentir diminuídos. Estes estão prestandoserviço cidadão e profissional, enquanto outros preferem ficar na assessoria, ensinandoo que não fazem e dando lições com as aprendizagens dos outros.
Nessa edição do ENAPA, estarão as AldeiasInfantis SOS Brasil em peso, devido sua história e a relação direta comcrianças e adolescentes, podendo assim contribuir a partir das práticasadquiridas nos seus anos de pesquisa e atuação afinadas à ConvençãoInternacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Emblemática, mais do que marketing, é a presença do filósofo e teólogoLeonardo Boff, para a abertura do Encontro. Autor de "Saber Cuidar –Ética do Humano – compaixão pela terra”, sempre foi bibliografiainspiradora para a prática dos 514 colaboradores das Aldeias Infantis SOSBrasil em 10 Estados da Federação, desde sua 1ª edição, pela Editora Vozes, em1999. Como bem já expressado: "a linguagem do cuidado estará próxima àpoesia, e esta será a linguagem da vida e do mistério do ser”. Sim, todaa realização do bem que se deseja autêntico terá que trilhar as veredas dosilêncio e do despojamento de preconceitos. Somos gente mais próxima da verdadee da efetivação da beleza! A técnica quando orgulhosa em busca de resultadosmilagrosos podem anular o cuidado e o mistério de cada criança.
A Ética do Humano, segundo Leonardo Boff,é um novo jeito de olhar cada criatura e cada criança, é a recuperação que acompaixão favorece. Uma relação entre aprendizes que se escutam e se percebem.Saber ouvir, saber auscultar as crianças e deixar que elas venham habitar onosso imaginário até podermos forjar criativas formas de estar com elas, fortalecendotodas as possibilidades. Fortalecer o lado positivo de suas trajetórias devida, convertendo aquilo que existe de perverso em nossos juízos sobre eles. Éautoanálise de nossas posições de classe e das formas jurídicas cristalizadasda meritocracia e de legalismo.
"Unir para cuidar” é o temagerador das Oficinas interativas, e é também uma convocatória para as adoçõestardias e deve ser entendido como ato de protesto contra a prática do plantãodos educadores nas politicas de acolhimento institucional. Unir quer dizertambém "vincular”, pois melhor assim para uma criança ou adolescentenas modalidades de Casa Lar e de Abrigos Institucionais. E a gestão de pessoaspor um Estado que se inflou de procedimentos burocráticos e não deu conta de perceberque concursos na forma em que são desenhados não garantem afeto e vinculação.Procedimentos devem ser forças que geram resiliência nas crianças e subversãodas regras mortas e de obtusas percepções.
O "jardim” manchado pelopreconceito e rigorismo legal deveria se tornar um solo embebido por chuvas deternura e justiça. Germinar no chão da vida arrancada o broto de uma novahumanidade atendida pelo CUIDADO.
Que assim aproveitemos a integralidadebenvinda da 17ª ENAPA!
Fonte: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?idioma=PT&cod=67646
Gestor Social das Aldeias Infantis SOS Brasil, em Brasília -Filósofo e Conselheiro de Direitos da Infância
Adital
"Povoam ideias,inquietações e propostas, pensamentos para encontrar o óbvio e o inusitado emtermos de cuidado e de compromisso na luta política pelo direito à convivênciafamiliar das crianças”, às vésperas do 17º EncontroNacional de Nacional de Apoio à Adoção.
POR QUE NÃO UMA FAMÍLIA COMO PRESENTEÀQUELES QUE O ESTADO INVISIBILIZOU, A SOCIEDADE ESQUECEU E MUITAS FAMÍLIAS NÃOCONSIDERARAM COMO POSSIBILIDADE SEREM FILHOS E FILHAS?
Aldeias Infantis SOS Brasil, uma longahistória para subverter a lógica assistencial do paradigma do senhorio paternoe da caridade aos pobres. Esses quase "sem famílias”, destronadospelo Estado para viver na miséria e aos poucos perder a família. Onde permanecemesses "filhos”? Quem os empurra para a rua? Quais fatores osdesgastaram e fizeram sem esperança até aqueles que estão comprometidos comsuas vidas?
Vamos ao resgate ético, vasculhar osescombros de um Estado negligente e perverso. Passar pelas sombras dointernamento institucional ir até a porteira da emancipação cidadã dascrianças, SUJEITOS DE DIRETOS, do Direito à Convivência Familiar e Comunitária,tão bem formuladas na Constituição Federal.
A ANGAAD (Associação Nacional dos Gruposde Apoio a Adoção) via Aconchego –grupo de apoio de Brasília– eoutros parceiros participam do 17º Encontro Nacional de Apoio à Adoção, quenesta semana do feriado cristão de Corpus Christi – do dia 7 a 9 de junho- acontece. UNIR PARA CUIDAR, mas podemos também afirmar essa IDEIA FORÇA:CUIDAR PARA ATENDER TODAS AS CRIANÇAS QUE ESTÃO SOBRANDO E AINDA SEM FAMÍLIA.Universo como inclusão de diferenças; abertura com chance de dar uma família aelas pela adoção. E são muitas nessa condição que adormecem e anoitecem nos serviçosde acolhimento e precisam de família.
Discutir para formalizar um pactonacional, para que as crianças estejam com seus pais de origem ou com seus paispela adoção daqueles que estacionaram em serviços de acolhimento. Mas,identificamos preconceitos até sobre aqueles que trabalham com essa população.Quem se expõe a amá-los e incluí-los ainda são discriminados por alguns que sereinventam com programas sociais, às vezes descredenciando ou se colocandoacima de todos. Supomos que estejam subconscientemente buscando projeção efinanciamento, enquanto há escassez de recursos destinados aos programas deacolhimento quer sejam, através de convênios ou de cogestão com o Estado.
Os participantes da 17ª ENAPA seencontrarão como batalhadores pelo direito a convivência familiar ecomunitária. Aqueles que se ocupam em garantir direitos em atuação direta nosserviços de acolhimento não devem se sentir diminuídos. Estes estão prestandoserviço cidadão e profissional, enquanto outros preferem ficar na assessoria, ensinandoo que não fazem e dando lições com as aprendizagens dos outros.
Nessa edição do ENAPA, estarão as AldeiasInfantis SOS Brasil em peso, devido sua história e a relação direta comcrianças e adolescentes, podendo assim contribuir a partir das práticasadquiridas nos seus anos de pesquisa e atuação afinadas à ConvençãoInternacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.
Emblemática, mais do que marketing, é a presença do filósofo e teólogoLeonardo Boff, para a abertura do Encontro. Autor de "Saber Cuidar –Ética do Humano – compaixão pela terra”, sempre foi bibliografiainspiradora para a prática dos 514 colaboradores das Aldeias Infantis SOSBrasil em 10 Estados da Federação, desde sua 1ª edição, pela Editora Vozes, em1999. Como bem já expressado: "a linguagem do cuidado estará próxima àpoesia, e esta será a linguagem da vida e do mistério do ser”. Sim, todaa realização do bem que se deseja autêntico terá que trilhar as veredas dosilêncio e do despojamento de preconceitos. Somos gente mais próxima da verdadee da efetivação da beleza! A técnica quando orgulhosa em busca de resultadosmilagrosos podem anular o cuidado e o mistério de cada criança.
A Ética do Humano, segundo Leonardo Boff,é um novo jeito de olhar cada criatura e cada criança, é a recuperação que acompaixão favorece. Uma relação entre aprendizes que se escutam e se percebem.Saber ouvir, saber auscultar as crianças e deixar que elas venham habitar onosso imaginário até podermos forjar criativas formas de estar com elas, fortalecendotodas as possibilidades. Fortalecer o lado positivo de suas trajetórias devida, convertendo aquilo que existe de perverso em nossos juízos sobre eles. Éautoanálise de nossas posições de classe e das formas jurídicas cristalizadasda meritocracia e de legalismo.
"Unir para cuidar” é o temagerador das Oficinas interativas, e é também uma convocatória para as adoçõestardias e deve ser entendido como ato de protesto contra a prática do plantãodos educadores nas politicas de acolhimento institucional. Unir quer dizertambém "vincular”, pois melhor assim para uma criança ou adolescentenas modalidades de Casa Lar e de Abrigos Institucionais. E a gestão de pessoaspor um Estado que se inflou de procedimentos burocráticos e não deu conta de perceberque concursos na forma em que são desenhados não garantem afeto e vinculação.Procedimentos devem ser forças que geram resiliência nas crianças e subversãodas regras mortas e de obtusas percepções.
O "jardim” manchado pelopreconceito e rigorismo legal deveria se tornar um solo embebido por chuvas deternura e justiça. Germinar no chão da vida arrancada o broto de uma novahumanidade atendida pelo CUIDADO.
Que assim aproveitemos a integralidadebenvinda da 17ª ENAPA!
Fonte: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?idioma=PT&cod=67646