Cinema: Com mais aventura, novo Kung Fu Panda trata do tema da adoção



O primeiro filme de Kung Fu Panda mostrou que os losers também podem ser felizes e que, a despeito da descrença geral e das adversidades, são capazes de superar deficiências e chegar a um objetivo. No caso de Po, o panda protagonista, o desafio é tornar-se um exímio lutador. A sequência deste grande sucesso da animação mundial chega às telonas na próxima sexta-feira (10) e trata de outro assunto também muito delicado entre crianças e adolescentes: a adoção.

Na história, Po, agora um conhecido lutador de kung fu, decide descobrir mais sobre seu passado e realiza que não é filho de seu pai, um ganso (!). Ao mesmo tempo, o pavão Shen, banido de seu povo por não obedecer a uma profecia, decide se vingar com uma arma poderosa que cospe bolas de metal flamejante. Este segundo filme tem uma trama mais envolvente e soube explorar melhor drama pessoal do protagonista com ainda mais aventura e ação.

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A luta dos amigos de Po (dublado por Lúcio Mauro Filho no Brasil e Jack Black no original) contra um exército armado de lobos lembra batalhas de O Senhor dos Anéis. No detalhe pessoal, o urso precisa encontrar a paz interior ensinada pelo seu mestre e até o final do filme, vai se confrontar com o algoz que matou seus pais biológicos e dizimou sua aldeia. A Dreamworks sempre explorou os personagens desajustados em suas animações. O maior exemplo é ogro Shrek, oposto da fofurice de qualquer herói da Disney. Sem falar do tubarão efeminado em O Espanha Tubarões e mais recente, o alien Megamente.

O estúdio não tem receios de falar de temas delicados ou ir mais além nas piadas com referências a assuntos de adultos, mesmo num filme infantil. Com um roteiro arrojado, Kung Fu Panda 2 segue essa mesma proposta e consegue equilibrar densidade da trama com poderosas sequências de ação. Os efeitos especiais do filme impressionam pelo uso da sombra e do realismo nas cenas de luta (alguns pais poderão achar violentos demais, pela perfeição dos movimentos). O 3D também merece atenção. Mesmo com a qualidade dos projetores locais ainda estarem aquém do que a tecnologia dos flmes oferece, vale a pena assistir esse desenho com os famigerados óculos escuros.

Fonte: Portal Ne10
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